sábado, 9 de julho de 2011

DIA NACIONAL EM HOMENAGEM ÀS LOIRAS

Neste dia 9 de Julho comemora-se nacionalmente o “Dia das Loiras”, não sei se propositalmente ou apenas por coincidência, tal o respeito e veneração que nosso povo dedica ao intelecto e conhecimento cívico destas beldades sobre as coisas de nossa terra.
Após votar entusiasticamente na enquete sobre a Loira mais bonita num site da Internet, descobri que, curiosamente, o feriado paulista comemorado neste 9 de julho, nada tem a ver com as Loiras. Hoje se comemora os 79 anos da data que marcou o início da Revolução de 1932, a data cívica mais importante do estado de São Paulo e considerada pelos paulistas como sendo o maior movimento cívico de sua história.
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil, deflagrada como uma resposta paulista à Revolução de 1930, que acabava com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891.
A Revolução de 1930 impediu a posse do ex-presidente (atualmente denomina-se governador) do estado de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís colocando fim à República Velha, invalidando a Constituição de 1891 e instaurando o Governo Provisório, chefiado pelo candidato derrotado das eleições de 1930, Getúlio Vargas.
São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934, que iria durar até 1937, quando um novo golpe militar chefiado por Getúlio Vargas novamente rasgou a Constituição e implantou a ditadura no Brasil.
Nos dias que antecederam à revolta, destaca-se a figura de alguns estudantes que organizaram protestos contra Getúlio Vargas e que foram vitimados pela violenta repressão do Estado.
Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade.
Três deles já se encontravam mortos ao final do confronto de 23 de Maio, o quarto morreu em virtude dos ferimentos, algum tempo depois. Um quinto ferido, o estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, morreu cerca de três meses depois e, por este motivo, não teve seu nome associado ao movimento.
As iniciais de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo serviram para formar a sigla MMDC que passou a representar uma organização civil clandestina, que, entre outras atividades, oferecia treinamento militar para realizar uma guerrilha que pretendia resistir à ditadura.
Alguns historiadores utilizam a sigla MMDCA em homenagem a Orlando de Oliveira Alvarenga, ferido juntamente com seus colegas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mas que veio a falecer em agosto de 1932 em razão dos ferimentos.
À minha vez, como bom paulista, comemoro a data festiva, juntinho a minha Cara Metade que também é Loira, saboreando um belo almoço e bebendo um bom Cabernet e desejando um bom feriado aos meus amigos.