quarta-feira, 12 de setembro de 2018

DESCONSTRUINDO A DEMOCRACIA



Estou cansado de ver nas redes sociais uma série de ataques aos candidatos, ora A, ora B, só porque ele melhora momentaneamente em uma ou outra pesquisa.

Também estou cansado do exército de IDIOTAS (literalmente idiotas, na verdadeira acepção da palavra, de origem grega) que ficam apregoando através de Fakes, uma série de notícias falsas ou opiniões que acreditam serem verdadeiras (dóxa aletheia) , mas que não se sustentam por fatos concretos ou argumentos plausíveis, tornando-se, assim, opiniões falsas (pseudès doxa).

Gostaria de ver comentários sobre propostas concretas dos candidatos sobre problemas relativos à saúde, à educação, à infraestrutura, sobre política de empregos, políticas industriais, políticas de energia, de segurança pública, de reformas do Estado, etc. 

Propostas concretas e não fantasias para alimentar IDIOTAS.

Neste cenário, em minhas análises, só dois candidatos apresentam condições reais, inclusive políticas, de pleitear com possibilidades de sucesso, o comando da nação: Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, pois são os únicos que comprovadamente tem experiências exitosas no comando do executivo e os únicos que apresentaram propostas realistas sobre como enfrentar e superar os problemas nacionais. Um apresentando uma visão de centro esquerda (com viés mais à esquerda) e outro de centro direita (com viés mais à direita).

Como não sou banqueiro, multimilionário ou pertenço à elite do funcionalismo público, nem tampouco trabalho no judiciário, por questões óbvias, tenho críticas aos modelos liberais que apregoam o livre mercado e que abominam o Estado de Bem Estar Social, apesar de reconhecer suas malversações assistencialistas e políticas eleitoreiras, e, uma vez que estou dentre a grande maioria que precisa trabalhar para viver e, dentre a minoria que ainda consegue pensar de forma crítica, minha escolha é óbvia: Vou de Ciro Gomes, sem contudo desmerecer as qualidades de Geraldo Alckmin.

Não vejo nos demais qualquer consistência, verdade de propostas ou compromissos reais com o Brasil, ainda que reconhecendo em alguns poucos, como Amoedo, um posicionamento claro sobre suas ideias.

Combati a ditadura militar, como combati a truculência de “piqueteiros de porta de fábrica”, ambos faces da mesma moeda, calcada na truculência e no desrespeito às leis e aos direitos civis, motivos pelos quais não vejo com bons olhos Bolsonaro, Boulos ou Haddad, a versão light do “peleguismo sindical”.

A imprensa, que desde Assis Chateubriand serve a quem paga mais ou a quem pode extorquir, nunca foi merecedora de minha plena confiança.

Assim, como as redes sociais ainda gozam de certa liberdade, gostaria de ver nelas discussões propositivas sobre o próximo pleito eleitoral, e não Fakes News (mentiras pura e simplesmente) desconstruindo a nossa democracia.

Professor Orosco


sábado, 8 de setembro de 2018

JUSTO E PERFEITO


Quando pequeno, vindo de uma família pobre, ficava a me perguntar porque meu querido pai precisava sair de casa às 4:30 da manhã para trabalhar.
A imagem dele vestido com um capote surrado, um chapéu velho e uma botina ainda mais velha, saindo na chuva, no escuro da noite, carregando sua maleta onde levava uma marmita, ainda é nítida em minha memória.
Minha mãe dizia que ele fazia isso para sustentar a família e garantir que eu pudesse estudar.
- Para que eu pudesse estudar!
O amor que sentia por ele era tão grande, que acreditei que a única forma de recompensá-lo seria me tornar um aluno muito aplicado (o melhor da classe) e assim justificar que seu esforço não era em vão.
Tirar uma nota inferior a 10 era impensável para mim. Se o fizesse estaria faltando ao meu pai.
Acabei me formando, casei e tive filhos, que ele chegou a conhecer.
Hoje já tenho netos.
Não sou rico, nem pobre.
Tenho o que preciso, nem mais, nem menos.
Aprendi com ele.
Seu exemplo, mesmo após seu passamento, ainda são o meu norte.
Se um dia, em minha vida, eu conseguir ser, ao menos a metade do Homem que meu pai foi, já me darei por satisfeito.
Dito isto, coloco-me a refletir :
Para viver bem, preciso 3 camisas, se puder ter 10 ou 20, melhor. Mas precisar mesmo, só três.
Preciso 3 pares de sapatos. Se puder ter mais, melhor, mas precisar mesmo, só três.
Preciso assegurar que eu e que os meus tenhamos 3 refeições por dia.
Se pudermos ter mais, seria ótimo.
Mas precisar mesmo, só três.
Valores para uma vida comedida.
Assim, desejando saúde a todos por 3 x 3, encaminho meu T.'.F.'.A.'. a todos os meus irmãos, com a recomendação de que gozem a vida com prudência e moderação, lembrando que a verdadeira amizade e o espírito de solidariedade são os pilares que edificam uma sociedade justa e perfeita.

Professor Orosco