Origem do Natal e o significado da comemoração
O Natal é uma data em que comemoramos o
nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias
datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus.
A data real e mais provável para seu nascimento, segundo os estudos da
astronomia, que levou em consideração a posição das estrelas conforme descrito,
seria em uma data próxima ao final de agosto ou início de setembro. A própria
ideia de manjedoura se dá pelas condições climáticas desta época naquela
região. Foi somente no século IV (mais precisamente no ano 350) que o 25 de
dezembro, por decisão do papa Júlio I, foi estabelecido como data oficial de
comemoração. É necessário recordar que a Bíblia Cristã foi elaborada a partir
do Concílio de Niceia (325 d.C.) que escolheu os evangelhos oficiais dentre os
muitos existentes à época, tornando-se a religião oficial do Império Romano decretada
pelo Imperador Constantino. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em
que os romanos comemoravam o início do inverno (o solstício de inverno no
hemisfério norte ocorre aos 22 de dezembro) Portanto, acredita-se que haja uma
relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações de Natal costumavam
durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis
Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro,
mirra e incenso) ao menino Jesus. Na verdade, acredita-se que seriam doze os
Sacerdotes da tribo dos Magos que visitaram Jesus, pois é improvável que,
naqueles dias, uma caravana tivesse número menor de viajantes. O número três teria
sido, portando, simbolicamente escolhido pelo número de presentes oferecidos. Atualmente,
as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo
de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.
Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data
de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.
O
Papai Noel: origem e tradição
Estudiosos afirmam que a figura do bom
velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280
d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres,
deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
Foi transformado em santo (São Nicolau) pela
Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.
A associação da imagem de São Nicolau ao
Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos
Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em
Portugal de Pai Natal.
A
roupa do Papai Noel
Até o final do século XIX, o Papai Noel era
representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura (e permanece assim até hoje em muitos
lugares, principalmente em alguns países nórdicos) Em 1886, o cartunista alemão
Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores
vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista
Harper’s Weeklys neste mesmo ano.
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o
mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A
campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem
do Papai Noel pelo mundo.
Curiosidade:
o nome do Papai Noel em outros países
- Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do
Natal"), Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel),
Chile (Viejito Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália
(Babbo Natale), México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal),
Portugal (Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados
Unidos (Santa Claus), Rússia (Ded Moroz).
A Árvore de Natal e o Presépio
Em quase todos os países do mundo, as pessoas
montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com
as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste
período.
Acredita-se que esta tradição começou em
1530, na Alemanha, com Martinho Luthero. Certa noite, enquanto caminhava pela
floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de
neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com
galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele
utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia
presenciado na floresta.
Esta tradição foi trazida para o continente
americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o
período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão
presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e
esperança.
O presépio também representa uma importante
decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma
manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de
montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. As músicas
de Natal também fazem parte desta linda festa. A mais famosa delas, “Noite
Feliz". Foi escrita pelo padre Joseph Mohr e a
composição foi feita por Franz
Xaver Gruber em 1818, na cidade de Oberndorf, Áustria, tendo sido
executada pela primeira vez na Missa do Galo daquele ano.
De qualquer sorte, dado o seu forte apelo religioso
e, principalmente comercial, as festividades do Natal têm sido mantidas e
incentivadas desde muito, representando a possibilidade da construção de um
mundo melhor onde impere a fraternidade e a paz.
É fato histórico que, mesmo nas mais
sangrentas guerras, como a da I Grande Guerra Mundial, os conflitos cessavam
nesta data e as tropas, apesar da resistência e desaprovação dos generais, interrompiam
a luta e os combatentes confraternizavam uns com os outros.
FELIZ NATAL
Professor Orosco