Quando as pessoas se sentem inseguras e não vislumbram um futuro promissor, geralmente se apegam a dogmas religiosos que as confortam, ainda que estes sejam apenas anestésicos para o momento que vivem.
Já disseram uma vez que "A religião é o ópio do povo".
Nada contra os que se valem dela para os momentos de crise, pois acredito que essa válvula de segurança seja salutar, inclusive como forma de superar sensações de perda.
O problema é que, como o ópio, sem o devido senso crítico, o uso e abuso deste importante instrumento de apoio, tende a promover o vício e corromper a capacidade de pensar, transformando os usuários em zumbis, que andam de um lado para o outro, em busca de cérebros para comer.
Nos recentes casos de Brumadinho e do trágico acidente que vitimou o jornalista Ricardo Boechart e o piloto do helicóptero em que viajava, vimos aqui nas redes sociais um exemplo disso.
O livro sagrado é um ótimo livro, mas é só um dentre os muitos que ajudam a confortar os enfermos e, embora seja muito importante, sozinho não consegue mudar o futuro das pessoas, que precisam, à sua vez, realmente desejar mudar e trabalhar para isso. Frequentar uma boa escola, muitas vezes ajuda mais do que ir à igreja, embora uma coisa não invalide a outra.
Ou seja, as duas são importantes e se complementam.
O fanatismo, qualquer que seja ele, ao invés de assegurar, só promove a ausência de futuro.
Professor Orosco
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
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