Não Existem Coincidências, é só comparar.
Com a proximidade das eleições municipais, onde o Programa Eleitoral Gratuito divide o espaço de tempo na televisão com as noticias sobre o julgamento do “mensalão”, onde a cúpula do Partido dos Trabalhadores esta “sub judice”, colocando o Supremo Tribunal Federal e seus ministros sob os holofotes da imprensa e despertando o interesse da opinião pública, acho interessante trazer aos amigos uma reflexão escrita no ano de 1.748, a um pouco mais de 260 anos (exatos 264), por Charles-Louis de Secondatt, onde se pode ler:
Corrompe-se o espírito da democracia não só quando se perde o princípio da igualdade, mas também quando cada qual se apodera do espírito da igualdade ao extremo, pretendendo ser igual àquele que ele escolhe para governá-lo.
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Quando não se tem mais respeito pelos anciãos, não se respeitará também os pais, e os maridos não merecerão consideração, nem os mestres submissão.
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Quando era rico, tinha de cortejar os caluniadores, sabendo muito bem que me achava mais em condição de ser prejudicado por eles do que de prejudicá-los; a república exigia-me sempre uma nova quantia, e eu não podia dizer não. Desde que sou pobre, adquiri autoridade; ninguém me ameaça e eu não ameaço aos outros; posso partir ou deixar-me ficar.
Os ricos levantam-se e me cedem o lugar.
Sou um rei, era um escravo; pagava um tributo à república e hoje é ela quem me sustenta. Não tenho mais receio de perder, espero adquirir.
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O povo cai nessa desgraça quando aqueles em quem confia, querendo ocultar a própria corrupção, procuram corrompê-lo.
Para que o povo não perceba sua ambição, falam da grandeza do povo; para que não se perceba sua avareza, lisonjeiam-lhe sem cessar a do povo.
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Quanto mais o povo pensa auferir vantagens de sua liberdade, mais se aproximará o momento em que deverá perdê-la.
Da corrupção do princípio da democracia
Barão de Montesquieu “O Espírito das Leis”
Posso não crer na existência das bruxas, mas que elas existem, existem
Pense nisto ao votar
Professor Orosco