quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ENTENDENDO A PEDRA BRUTA



Todo maçom aprende logo após sua iniciação o simbolismo de trabalhar a pedra bruta, desbastando-a para que esta possa se transformar em uma pedra polida.

Aprende a utilizar o maço e o cinzel, posteriormente a régua, o esquadro e todas as outras ferramentas que o companheiro deve dominar, chegando ao compasso, ao nível e ao prumo, quando estará pronto para se tornar um mestre maçom.

A esta altura espera-se que já tenha aprendido os valores morais e éticos de nossa ordem, inerentes a um mestre maçom, que todavia deve continuar sua jornada laboriosa em busca da construção do seu templo interior.

Aprenderá em seus estudos a obter e a dar outras formas geométricas à pedra trabalhada, conseguindo avançar no processo construtivo, formando arcos e pórticos, tão necessários quanto as paredes na edificação do templo.

Não obstante, como todo ser humano, o maçom pode aprender estas tarefas sem, contudo aprender a extrapolá-las para o mundo profano, e dizer, aprende a dominar a si mesmo, esquecendo-se de que isto pouco vale se não conseguir transmitir estes valores aos demais, assegurando-se de que a virtude de sua jornada possa ser compartilhada através seus atos, influenciando positivamente seus pares e seu meio.

Ele deve recordar que antes desta fase operativa, onde já foi admitido como uma pedra bruta, fazia parte de uma montanha, fruto também da obra do Grande Arquiteto do Universo, de onde foi extraído.

Deve, portanto aprender a compreender a montanha, entender a pedra, falar com ela, observar seus veios e fendas, buscando o melhor ponto para fixar suas cunhas a fim de poder retirar dalí outro pedaço de pedra, bruta, a ser trabalhada.

Para isto, precisa saber que a Crosta terrestre é formada por corpos geológicos dos mais variados formatos e tamanhos, com rochas que podem ser de um único tipo ou compostas de materiais heterogêneos e multifásicos (cada fase é quimicamente homogênea, sendo denominada mineral).

O corpo com tamanho entre 1 metro e 10 km é composto de um ou mais tipos de rochas; a rocha com 2 cm até 20 cm é composta de mais de um mineral e o mineral com 1µ até 10 mm composto por um cristal, homogêneo.

Saber que nas publicações de caráter não cientifico, o corpo, a rocha e o mineral não são especificados, sendo chamados coletivamente de pedra.

Saber que cada mineral possui propriedades físicas específicas, tais como forma, cor e brilho.

Entender que os minerais quando submetidos a uma força externa destrutiva, como o forte impacto de um martelo, se rompem.

Saber que certos minerais se rompem sempre ao longo de determinadas superfícies planas, paralelas (clivagem) como as micas, a grafita e o diamante; outros se rompem na direção do golpe, não sendo paralelo aos planos do cristal, com rompimento não reto (fraturas), como o quartzo e o vidro.

Aceitar que cada mineral possui dureza própria, definida por ensaios de risco entre dois minerais, ou seja, o talco de dureza 1 é facilmente riscado pela unha, já o gipso, de dureza 2, não é muito fácil de ser riscado pela unha. A calcita, padrão de dureza 3, é facilmente riscada por um prego, porém o quartzo, padrão de dureza 7 não é riscado nem mesmo por um canivete de aço, até chegar ao diamante, de dureza 10, que só pode ser riscado por outro diamante.

Saber ainda que os minérios apresentam características diferentes de deformação diante de uma força externa (tenacidade), indo desde o frágil, que se rompe facilmente; maleável, estendido por força compressiva; séctil, cortado por faca em folhas finas; dúctil, alongado por força distancial formando fios; flexível, deformando-se plasticamente diante de um esforço e elástico, que aceita a deformação quando submetido a um esforço e retorna a sua forma original quando o esforço a que foi submetido é retirado.

Em suma, o maçom também precisa estudar e aprender e tentar compreender a montanha de onde veio.

Saber encontrar nela outras pedras, nem tão duras quantos os diamantes que só podem ser lapidados, nem tão moles quanto o gipso que se desfaz com a chuva é missão tão imperativa quanto a própria construção do templo interior.l

Entender que o Templo Exterior, que exalta o G.´.A.´.D.´.U.´. precisa ser construído de várias pedras brutas, polidas, angulares, todas elas de dureza média, tenazes, com maior ou menor brilho, oriundas de diversas minas e montanhas, multicores, tornando representativa a obra do pai.

Professor Orosco

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Momento de Reflexão


O filosofo, copiando o homem simples e honesto, apesar de perceber-se incapaz de dar ao mundo o menor remédio para a corrupção da cidade, recolhendo-se, portanto, ao estudo da filosofia, é também aquele que nutre em sua alma a esperança de transformar a sociedade, ao menos pelo exemplo que pode oferecer, de sua vida.

Professor Orosco

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

De Jacques Demolay à Siemens do Brasil


O "dono das moedas" que, para conseguir agradar ao Rei, conseguindo um ou outro benefício, empresta-lhe "boa soma", financiando a fartura e a opulência da corte, precisa, como o tempo, avolumando-se as quantias empenhadas, atentar para o fato de que, a mão amiga de hoje, que nos socorre no momento de aflição, com o passar do tempo, embora nada faça de diferente, passa a ser temida, fazendo brotar o temor da cobrança, contra a qual se levantam salvaguardas e contra a qual o devedor pega em armas.

Professor Orosco