A Philip Morris, uma companhia de tabaco que tem ampla
atuação na “República Tcheca”, diante de uma iniciativa do governo local de
tentar reduzir as despesas médicas advindas dos tratamentos para os efeitos malignos
do tabagismo, apresentou um estudo detalhado provando que:
O cigarro mata.
Mata tanto que o governo deveria “reduzir” os impostos e
incentivar o tabagismo, principalmente entre os jovens, demonstrando com
números uma conta bem simples.
Morrendo mais cedo, apesar dos elevados custos com os
tratamentos dos males provocados pelo tabagismo, o governo gasta menos já que
economiza com pensões e com aposentadorias além dos investimentos necessários
para promover e oferecer qualidade de vida aos idosos.
A economia estimada para o governo Tcheco era algo como U$
150 milhões/ano.
A poucos dias, um ministro japonês, de 72 anos, reclamou que
as pessoas em seu país estão vivendo muito, chegando ao absurdo de viverem mais
de 80 anos.
Segundo ele, a economia japonesa não aguenta tanto
desperdício, sugerindo que, patrioticamente, seus conterrâneos morram mais
cedo.
A Ford, nos anos 70, provou matematicamente aos seus
acionistas que, mesmo indenizando as 200 mortes/ano e 200 outras vítimas dos
graves danos causados pela falha no projeto do seu carro Ford PINTO, que fazia
o carro explodir em casos de colisão traseira, a economia total seria maior do
que se precisassem gastar os U$ 11,00 por veiculo para corrigir o defeito.
O ganho seria algo como U$ 100 milhões.
Quem comprasse um PINTO poderia se FORDer, pelo bem da
companhia.
Por aqui, tem terras Tupiniquins, o governador do rico
estado do Ceará, paga R$ 650 mil para um artista apresentar-se nas festividades
da inauguração de mais um, dentre os milhares, de hospitais públicos que ele
construiu por lá.
Nem vou falar dos pouco mais de R$ 3 milhões que ele pagou
ao “Tenor” em outra ocasião.
Nossa presidente PRESIDENTA anuncia de forma glamorosa a
redução da tarifa de energia elétrica, tão necessária ao nosso desenvolvimento.
Modestamente, sequer explicou à população que conseguiu
realizar esta proeza sem reduzir a lucratividade das concessionárias e prestadoras
de serviços do setor elétrico.
Os pouco mais de R$ 8 bilhões/ano, serão subsidiados pelos
cofres públicos, retirados contabilmente do BNDES, via Itaipu, ou de um tal “Fundo
sei lá do que” criado para assegurar a estabilidade em momentos de necessidade
(principalmente eleitoral).
Isso tudo, sem precisar tocar no assunto das “térmicas”,
tidas inicialmente como inimigas do meio ambiente e mais tarde justificadas
pela necessidade de consumir o gás que subsidiamos ao governo cocaleiro e ao
sucateamento da nossa (não sei se ainda o é) PetrobraZ.
No ano que vem, teremos Copa do Mundo, com direito a bebida
nos estádios construídos 201% com dinheiro da iniciativa privada (somos
praticamente 200 milhões de consumidores e contribuintes).
Em 2016, teremos Olimpíadas...
Para completar, nosso novo modelo habitacional, em adiantado
estágio de gestação, que será oferecido brevemente à população, em substituição
ao “Minha Casa, Minha Vida”, racionalizado dos 35m2 por unidade
(cada pessoa precisa de um mínimo de 25m2 para morar bem) para pouco
mais de l m2 por pessoa ( 2m x 0,5m x 7 palmos de altura ), que
talvez se chame “Minha Casa, Minha Morte”, só depende do acordo sobre o número
de dias que precisaremos trabalhar a mais para pagar a conta.
Resumindo, entenda e assuma que brevemente vamos todos pro
buraco e que ESTE CORPO NÃO TE PERTENCE.
Professor
Orosco
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