Compartilhando a imagem de Ivy France, meu amigo e irmão aqui do Facebook, gostaria de comentar que, diante de sua colocação de que
"o povo brasileiro precisa da mobilização dos homens livres e de bons costumes", gostaria de destacar que, recentemente, tive a oportunidade de colocar a um seleto grupo de irmãos, uma breve reflexão sobre o momento que vivemos.
Argumentei que, diante da falta de respostas em que nos encontramos, onde a ciência não responde às nossas dúvidas; onde a religião não consegue mais justificar as coisas que vemos e percebemos; onde a política e os políticos, administrando e legislando para um tipo de homem "pensado", "idealizado", que nada tem de real, igualmente não dá vazão às nossas demandas, é normal e até compreensível que as pessoas se sintam perdidas, desorientadas, sem referência.
Este fenômeno é global e está acontecendo simultaneamente em todas as partes do planeta.
Neste sentido, como seres animais, impedidos de "raciocinar" e de vislumbrar um futuro imediato, também é normal que retornemos às nossas origens, em busca da referência perdida e que, como consequência deste ato, nos comportemos de forma tão bestial.
Como alerta o professor e filósofo Laez Barbosa Fonseca, nesta condição, observa-se estar em curso, uma mudança de paradigma no mundo, similar àquela em que os gregos aboliram o mito e passaram a filosofar; similar àquela em que o advento do cristianismo introduziu o monoteísmo global e uma religião que atendeu Roma em seu domínio mundial; similar àquela que, no despertar da ciência renascentista sepultou o geocentrismo e com ele o teocentrismo.
Concordando com Ivy, gostaria de acrescentar que, é necessário a real mobilização de todos os homens "livres e de bons costumes", não só no Brasil, mas no mundo, para que se possa conduzir este processo de mudança com o menor sofrimento possível para a espécie humana.
Igualmente é necessário que esta mobilização se dê de forma libertária, inclusive dos nossos próprios dogmas, para que não sejamos outros a propor formas alternativas de dominação.
É do nosso exemplo cotidiano, que podemos fazer a diferença.
Recusar-se a corromper ou ser corrompido; recusar-se a escolher o caminho que contemple apenas o seu interesse, desconsiderando as implicações sobre os demais; respeitar todos os seres viventes, inclusive aqueles dos quais nos alimentamos, como parceiros nesta existência, etc.
Enfim, levar e propagar a ideia de uma vida justa que busca a perfeição, honrando um juramento proferido junto do livro da lei.
Levar a serio a lapidação da pedra bruta e a construção do templo interior.
Como pedreiros, ajudar a humanidade a edificar templos à virtude e cavar masmorras ao vício.
Só isso, nada mais.
Professor Orosco