Ontem, 21 de novembro, li a notícia de que o Brasil, "celeiro do mundo", vai exportar um milhão de jegues por ano, com as bênçãos e festejos da ministra da agricultura Katia Abreu, para a China.
Lá eles serão transformados em saborosos quitutes para agradar o paladar chinês.
Hoje, leio no jornal que o abate de jacarés para o comércio de carne está liberado em Rondônia, sob a alegação de que existem muitos e que isso coloca a população em risco, admitindo-se que isso pode vir a ser um grande negócio.
Há algum tempo, não muito, é verdade, acompanhei a notícia de que os chineses estavam "comprando" cachorros abandonados em São Paulo e levando-os para alimentar sua população.
Não vou falar nada sobre o contrabando de aves, insetos e de outros brasileiros que são roubados e mortos diariamente para alimentar uma indústria da moda lá fora, a exemplo das chinchilas.
Também não vou falar sobre a criação de gado, predatória de nossas matas, produtora de metano e grande consumidora de nossa água potável, realizada por multinacionais que ainda recebem incentivos fiscais para exportar essa carne.
Isso sem falar de porcos e frangos, mortos aos milhões, pelos mesmos motivos.
Num país assim, não deveríamos nos indignar quando rins e outros órgãos para transplante, de pele ou cabelo humano são comercializados, ainda que travestidos de adoção de crianças abandonadas, em situação de vulnerabilidade social ou deficientes, como vez ou outra denunciam os jornais.
A pergunta que me faço, sentindo-me profundamente envergonhado e enojado por me achar um ser racional e superior, neste mundo criado por Deus é:
Até quando vamos permitir isso?
Professor Orosco.
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