Em
dias tão atribulados como os que estamos vivendo atualmente, não posso deixar
de refletir sobre os desígnios que foram desejados para nossa espécie, desde
antes de sua aparição.
Diante deles, Deus, como supremo
Bem, criador e genitor do homem, apresentando-se como um pai generoso que
transferiu à sua prole, junto com seu DNA, um Ethos que lhes permite distinguir
as coisas boas das coisas más, seguramente deve estar desgostoso com o fruto de
seu trabalho.
Magoado
pela irreverência e irresponsabilidade destes jovens humanos, que mal
alcançaram a puberdade, seguramente ele não pode aprovar a violência, o
individualismo e a presunção com a qual seus filhos se arbitraram o domínio do
mundo e o poder de vida e morte sobre as demais espécies.
Como
todo pai que, pacientemente, entendendo ser o excesso de testosterona a causa
maior da sua soberba, não pode, contudo, deixar de querer que eles amadureçam,
aprendam a ser tolerantes e que venham ao seu encontro, iluminados pela justa
razão, ávidos de poder contemplar a plenitude de sua obra.
Que
alcancem um estágio de desenvolvimento suficientemente capaz para que percebam
não estarem sós neste vasto universo em que foram colocados.
Que,
com o passar dos anos, aprendendo a ser humildes, prostrem-se de joelhos,
arrependidos dos arroubos de sua juventude e, simplesmente, lhe peçam sua
benção.
Professor Orosco
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