É conhecida a figura metafórica de que o avestruz, enterrando a cabeça em um buraco, procura fugir de um inimigo potencial, da mesma forma que fazem as crianças que, fechando ou cobrindo os olhos, acreditam que não serão vistas pelo bicho papão.
Na prática, o que ocorre é exatamente o oposto, pois de olhos fechados, não enxergarmos o perigo, o que não implica que ele não nos veja.
Hoje, diante desta gigantesca mortalidade evidenciada pelo SarsCov II, em suas múltiplas variantes, desperta a necessidade de nos atentarmos para o fato de que, sendo uma de suas características mais marcantes, o acometimento da micro circulação sanguínea que, à sua vez, implica na possibilidade de alcançar todos os tecidos do corpo humano, inclusive o medular, ósseo, a possibilidade de que ele se mantenha inativo, porém não eliminado, nos corpos sepultados, não pode ser descartada de forma perene.
Assim, a urgência sanitária, a exemplos de pandemias anteriores, recomendaria a cremação de todos aqueles que viessem a morrer em decorrência desta Covid.
Exemplo disso está na reconhecida necessidade de proteger os trabalhadores do sistema funerário.
Ocorre que, estes corpos, à medida que forem se deteriorando no interior da terra, onde foram sepultados, podem através da eliminação de fluídos, contaminar o solo, o lençol freático ou mesmo outros organismos presentes nestes ambientes, transformando-os em um potencial contaminante para os próximos anos, o que fará esta epidemia ressurgir no futuro.
Este problema, ainda que pairem questões de caráter religioso a superar, precisa ser encarado pelas autoridades constituídas, amparadas pela ciência e pela prudência que o momento requer.
Quem defende a solução do avestruz, seguramente são seus predadores ou, neste nosso caso específico, os negacionistas aliados do vírus.
Professor Orosco
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