Neste 9 de Julho de 2015, data em que os paulistas comemoram sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932, onde, mesmo derrotados lograram a vitória, aproveito para apresentar aos amigos uma breve reflexão sobre política, que acho oportuna, dadas as recentes manifestações ocorridas em nosso país.
Segundo Wildelband e segundo Rickert, a política, enquanto ciência, acaba por se transformar numa espécie de síntese das ciências nomotéticas e idiográficas; da natureza e da sociedade.
Nas do primeiro tipo, há leis naturais, fixas, permanentes e eternas, imutáveis.
Nas do segundo tipo, num mundo heterogêneo, imperam as mudanças, as diferenciações, a infinita diversidade, a probabilidade e a teleologia.
Nas do primeiro tipo, um simples fenômeno pode levar a uma lei geral.
Nas do segundo tipo, tudo é distinto e cada fenômeno é, em si mesmo, uma espécie, algo que existiu uma única vez e que nunca se reproduzirá em condições idênticas, senão, no melhor dos casos, em condições análogas.
Assim, o absolutismo de Luis XIII e de seu Cardeal Richelieu, a monarquia do período elisabetano, o governo de terror Stalinista, o fascismo de Mussolini ou o nazismo de Hitler, são, historicamente coisas passadas e que lá permanecerão enterradas na poeira do tempo.
O comunismo e o neoliberalismo, como fetos natimortos, que sequer tiveram tempo ou chance de mostrar sua verdadeira face.
Assim, são tolos os que sonham reviver quaisquer ideologias, de esquerda ou de direita, fundamentalistas ou não, que já foram superadas pela história.
Como nas palavras de Santo Agostinho, não existe passado senão aquele que se faz presente pela nossa memória; não existe futuro senão aquele que se faz presente pelo nosso anseio, desejo ou esperança.
O modelo político ideal, será sempre aquele que é possível ser construído hoje, levando-se em conta, não a história ou a natureza das coisas, mas a síntese do desejo de todos os atores sociais que habitam nosso planeta.
Professor Orosco.
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