segunda-feira, 30 de março de 2020

SOBRE O CORONAVÍRUS


Mensagem endereçada aos senhores médicos e profissionais dá área de saúde empenhados na pesquisa e no tratamento das pessoas com graves problemas respiratórios advindos da contaminação pelo Sars Cov 2 – a Covid 19.

Refleti bastante sobre se, neste momento, deveria ou não manifestar-me sobre o assunto, dada as sérias  implicações morais que possa causar, mas, depois de consultar amigos e parentes que conhecem meu trabalho resolvi,  motivado pelo espírito de responsabilidade social para com a humanidade, na tentativa de oferecer uma singela e diminuta contribuição, sem qualquer outro interesse, que não seja atenuar o sofrimento destes pacientes, transcrever abaixo um procedimento de terapia complementar, baseada na exposição do paciente aos efeitos de diferentes frequências e comprimentos de luz  (ondas eletromagnéticas) que, tenho firma convicção, deverá induzir o organismo dos indivíduos afetados a uma reação defensiva contra os agentes patológicos e processos infecciosos que se instalam nos pulmões, restaurando o equilíbrio do organismo e ocasionando a melhora no quadro geral do paciente.

Faço-o baseado em mais de 30 anos de estudos e pesquisas científicas sobre o assunto, informando que quaisquer detalhes técnicos e princípios envolvidos nesta proposta poderão, caso sejam de interesse, ser consultados em minhas publicações sobre o assunto.

Assim, sem mais delongas, por considerar que o organismo humano nada mais é do que uma complexa e maravilhosa máquina biológica movida por forças e processos eletroquímicos, recomendo submeter o paciente que chega ao hospital manifestando acentuado problema respiratório, sempre de forma complementar à profilaxia que será adotada para o enfermo e, independentemente do fato de que o quadro respiratório já requeira ou não a imediata intubação, a qual deverá ser feita, se necessária, o seguinte procedimento:

Sobre o plexo umeral do paciente, com abrangência para toda a área dos pulmões, aplicar uma sequência de luzes coloridas, como segue:

Luz verde durante 2 minutos
Luz violeta durante 2 minutos
Luz Azul escuro durante 2 minutos
Luz Vermelha durante 2 minutos
Luz Amarela durante 2 minutos

A matiz, nesta condição emergencial, pode ser desconsiderada, assim como a exata distância do feixe luminoso que deverá, no mínimo estar a uma distância superior a 10 centímetros e inferior a 50 centímetros da pele, estando o paciente descoberto ou usando uma roupa branca.
Para este tratamento, é importante utilizar uma fonte de luz incandescente, que pode ser uma simples lâmpada de filamento, branca leitosa, de 60 ou 100 W, ou mesmo uma de lead, sobre a qual se coloca um filtro colorido,  e não uma luz fluorescente, que neste processo cromoterápico, é contra indicada.

Este procedimento deverá ser repetido depois de um período não inferior a 5 horas e, assim prosseguir, 2 vezes por dia durante 3 dias consecutivos, quando, então, o comprometimento do quadro infeccioso já deverá ter arrefecido e o paciente já deverá apresentar sensível melhora.

Professor Orosco

sexta-feira, 27 de março de 2020

SOMOS SERES PROGRAMADOS PELO ABSOLUTO

No processo de construção embrionária, o feto, a partir do sangue que recebe da mãe, carregado de proteínas e aminoácidos, também recebe uma significativa quantidade de informações genéticas que vão assegurar o funcionamento do seu organismo.
Estas informações, compiladas em um gigantesco Big-Date, armazenado em seu tronco encefálico, irão proporcionar o desenvolvimento do seu mui complexo sistema nervoso (central, autônomo e periférico) onde, a maior parte do seu processo neural se dará diretamente na medula espinal, através do seu sistema nervoso autônomo, também chamado neurovegetativo, dividido e sistema nervoso simpático (toracolombar) e sistema nervoso parassimpático (craniossacral).
Neste sistema nervoso, cada célula poderia, por analogia, ser associada a um bit, dígito binário (Binary Digit), que é a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida, capaz de assumir, tão somente, dois valores : 0 ou 1; ligado ou desligado, aceso ou apagado. No caso da nossa célula nervosa: ativada (energizada) ou em repouso (desligada).
Como na programação de computadores, onde a união de 8 bits forma o byte, a unidade básica de informação que consegue, na combinação de seus bits, representar uma coordenada diferente para cada letra, cada algarismo ou instrução de ligação (operações aritméticas), cada conjunto de células nervosas, dispostas sequencialmente, conseguem se transformar em uma instrução.
Assim, na união destas células nervosas, ativadas ou desativadas segundo os estímulos elétricos que recebem dos sensores espalhados pelo corpo (sistema nervoso periférico), dá-se a ativação ou passivação das glândulas endócrinas e demais órgãos do organismo.
Se estes sensores, por exemplo, enviam um sinal indicando a redução da temperatura ambiente, externa ao nosso organismo, este sistema nervoso ordena a redução das atividades motoras (letargia) para assegurar a manutenção da energia vital do sistema circulatório, assim como a queima da gordura armazenada no organismo, para que a temperatura interna do corpo se mantenha inalterada, evitando a hipotermia.
Da mesma forma, ao subir uma ladeira íngreme, estes sensores detectam a necessidade de maior tração muscular, fazendo com que este sistema nervoso aumente a frequência cardiorrespiratória, a fim de oferecer aos músculos uma quantidade adicional de combustível (glicogênio), da mesma forma que ocorre quando aceleramos o motor de um automóvel para ganhar velocidade, aumentando o consumo de gasolina.
Este é o Ser-objeto-em-si, que ainda não se reconhece como sujeito que, ao nascer, se vê lançado num mundo que desconhece, trazendo consigo as sementes (homeomerias de Anaxágoras) que vão formar a primeira mistura, a criança que, graças à ação do Ser-aí, do Nous, uma inteligência ordenadora (programadora) denominada Intelecto, já trás consigo as instruções preliminares gravadas no seu Hardware, o seu sistema operacional.
A partir daí, durante toda a fase sensório motora, segundo a classificação de Piaget, este Ser-objeto-em-si, a criança recém nascida que ainda não se reconhece como existente, começa a cumular informações em seu banco de dados (memória) estabelecendo relações e apropriando-se de um sistema de linguagem.
Com isso, seu Intelecto que compõe e divide, como dizia São Thomaz de Aquino em sua Suma Teológica (Sth Q 16 A 2, juízos) começa a criar as condições para que o Ser-aí imediato do espírito,  consciência, venha a desenvolver, também, uma objetividade que a leva a reconhecer-se sujeito, uma consciência De-si, que vai lançar-se ao mundo como uma consciência Para-si.
Significando este mundo e percebendo nele a existência de outros seres, esta consciência retroalimenta-se como Para-outro, passando a interagir com eles na construção de um futuro (mundo compartilhado), desta feita como uma consciência Para-além, agora ofuscada pela luz do Sol platônico, sem perceber que foi o Absoluto hegeliano, o Espírito que o fez chegar ek-státicamente ao momento presente e que continuará a delimitar os limites do seu Ser.
E dizer, sem perceber que sempre foi e que sempre será um Ser cuja autonomia já foi definida nas linhas de programação escritas pelo Grande Arquiteto do Universo.

Professor Orosco



terça-feira, 24 de março de 2020

0 EU E O NÓS

O primeiro passo da minha evolução humana ocorre quando tomo consciência do meu Ser-em-si; como um objeto existente no mundo e que não é nada além daquilo que é. 
Neste momento, alcanço a condição de Ser que tem consciência De-si e, ao fazê-lo, descobro a minha existência num mundo concebido (significado) por mim, onde percebo a existência de outros homens que, como eu, também se reconhecem existentes (Seres com consciência De-si). 
Lanço-me, então, neste mundo, na condição de um Ser-para-si, já que me reconheço existente a partir do meu reconhecimento pelo Outro. Só sou um professor porque meus alunos me reconhecem como tal. 
No entanto, neste momento, por olhar o olhar do outro, sinto-me compelido a perceber-me como um existente, na percepção do outro. Tento significar-me, como se fosse um aluno para reconhecer-me professor. 
Com minha consciência transcendente, abandonando o meu Ser, eu vivêncio o Para-outro. 
Esta condição é diferente do reflexo que vejo refletido no espelho, onde, no meu olhar refletido, percebo a minha existência, através da minha consciência que oscila entre a condição de ora transcendente e ora transcendida. 
Na condição de Para-outro, não tenho certeza de nada, já que tento me olhar na posição do olhar do Outro e, por isso, a dúvida me acompanha. Passo a ser possibilidades, frente às dimensões temporais (ek-estáticas) do passado, Em-si; do presente, Para-si, e do futuro incerto, Para-outro, onde a condição existencial (tética), tanto minha quanto do Outro, passa a ser contingente. 
Como seres contingentes, tanto o Eu quanto o Outro, temos consciência de que somos significados a partir de mundos diferentes que construímos, cada um o seu, segundo o entendimento do Em-si que cada um percebeu como De-si e de como lançou-se nele como um Para-si. 
Como seres desejantes, nesta condição não pode existir o NÓS, uma vez que só consigo perceber-me como Para-outro, na condição de possibilidade ek-estática. 
O NÓS só pode existir com a supressão de todos os EU, no momento em que todos renúnciam à sua condição de consciência transcendente, tornando-se uma consciência coletiva transcendida que compartilha um único e supremo instante (desejo). 
Por exemplo, como num campo de batalha onde os soldados do lado A se transformam um uma Unidade de combate, que se lança contra os soldados do lado B. 
Neste momento, não existe mais o Eu, só o NÓS, irmanados como corpos diferentes, amalgamados numa única consciência desejante, Para-além, em busca da vitória e da sobrevivência. 
Este é o espírito que o momento atual reclama. Um Para-além, onde todos nós, como consciência coletiva, numa Unidade de combate, espalhada por todo o planeta, trabalhando, como humanos unidos, sem credos, cor ou fronteiras, com o objetivo com de vencer o Coronavírus. 

Professor Orosco. 

terça-feira, 17 de março de 2020

PUXÃO DE ORELHAS


O Grande Arquiteto do Universo não se cansa de nos chamar a atenção para o fato de que somos, todos nós, independentemente de cor, gênero, religião, etc., membros de uma mesma espécie.
Quando ocorreu aquele tsunami na Ásia, que matou mais de 300 mil pessoas, este trágico acontecimento mudou muito pouco a rotina das pessoas.
Quase ninguém ligou; não foram feitas preces ou orações pelas vítimas; pouca gente se mobilizou em campanhas de ajuda, etc.
Aconteceu a mesma coisa no Haiti; acontece a mesma coisa na Siria, com a fome na África e na América Central, etc.
Agora, com esta crise sanitária que toma proporções gigantescas, parando o comércio mundial, finalmente estamos percebendo que estamos todos conectados, e não só pela internet.
Como diria Ortega y Gasset no seu livro Rebelião das Massas, finalmente estamos aprendendo que, todos nós, independentemente da classe social, ideologia política, religião, formação acadêmica, condição econômica, ou outra desculpa segregacionista, estamos vivendo uma relação de interdependência, uns com os outros, muito superior ao mais complexo estudo social.
Oxalá, vencida esta pandemia, com o puxão de orelhas que estamos recebendo, aprendamos a lição e alteremos nossa relação com o mundo, repensando nossas ações com os outros, com o meio ambiente, etc.


Professor Orosco.

segunda-feira, 9 de março de 2020

UM SINGELO ÚLTIMO DESEJO:


Revendo alguns de meus trabalhos sobre Heidegger e seu Dasein, o ser lançado ao mundo, existente, Ser - aí ou Ser – aí - no mundo, reconhecidamente um Ser angustiado, cuja autenticidade da vida o obriga a reconhecer-se como um Ser para a morte, certo de sua finitude em momento incerto; um Ser morrente que precisa viver e experimentar a vida a todo momento, extraindo dela tudo o que puder gozar, detive-me a pensar sobre o que desejaria, como um singelo e último desejo, ocorresse no momento de minha partida:
Quando chegar a minha hora, se o clima for apropriado aos vivos e o tempo permitir, gostaria de ser velado quase nu, vestido apenas por uma modesta gravata.
Seria, para mim, o sinal de que, neste derradeiro momento, finalmente estaria livre de convenções, contratos sociais, regulamentos e leis, às quais fui submetido contra a minha vontade, desde que aqui cheguei, nu e assustado.
Quiçá, não por mim, mas por conta do rubor ou curiosidade que possa provocar aos que porventura venham se despedir, toleraria um pequeno lençol, cobrindo junto com as flores, o motivo de sua vergonha.
Gostaria, também, que meus despojos pudessem, depois de retiradas as partes úteis, e se a ordem assim o permitir, servissem de alimento aos animais vertebrados, numa última tentativa de amenizar minha dívida para com aqueles que também me serviram de alimento, inclusive afetivo.
Não os vermes que já me acompanharam por muito tempo, mas os vertebrados como aves, porcos ou peixes, até mesmo cães ou gatos, para os quais minha carne, despojada da alma, teria alguma serventia, acreditando que para bovinos e caprinos ela não seria apropriada, salvo julgamento posterior que também pudesse contemplá-los, sem nenhuma restrição de minha parte.
Na impossibilidade, que meu corpo cremado, voltando à condição de carbono e cálcio, fosse depositado como adubo de uma planta qualquer, preferencialmente uma que possa produzir frutos para o deleite de pequenos pássaros, ou flores que acolham abelhas e borboletas.
Que mais poderia desejar?
Cheguei aqui nu e em plenas condições de me fazer totalidade e, partindo com apenas uma gravata, já sairia desta vida com um bom lucro, além de evitar carregar um peso extra na minha jornada, frente a um futuro que me é desconhecido; abandonando, assim, tudo aquilo que, acredito eu, não me fará falta; crente de que o Criador, como aqui já fez, me proverá das condições para alcançar tudo aquilo que porventura, ele venha a planejar para mim ou que eu venha precisar.
Levando apenas uma gravata, carregarei comigo um símbolo de ostentação e lembrança do meu cativeiro, da masmorra social que cerceou, em vida, a minha liberdade e não me permitiu ser o que poderia ter sido enquanto homem; esperançoso de que tal recordação possa me auxiliar, como uma espécie de memória genética transcendente, nas novas escolhas que precisarei fazer ou dos novos caminhos que deverei trilhar.
Quanto ao resto, minhas parcas posses, deixá-las àqueles que carregarão consigo a minha semente, esperando que o maior valor que possam levar seja o meu carinho, amor e gratidão eterna.
Aos amigos, a lembrança de bons momentos compartilhados e dos bons embates travados.
Aos demais, a tentativa de explicitar um modesto exemplo de vida, combativa, frugal e dedicada à tarefa de aprender e ensinar.


Professor Orosco.