De
maneira bem simplificada, podemos dizer que as Ciências, enquanto tais, buscam
compreender os mecanismos pelos quais os fenômenos se desenvolvem e, a partir
deste conhecimento, projetar experiencias e reproduções a partir dos quais,
numa atitude nomotétita, tentam encontrar e propor leis reguladoras destes
fenômenos, capazes de projetar futuras ocorrências.
Dito
de outra forma, podemos dizer que as ciências, com bases observacionais, empíricas,
buscam compreender o “passo a passo” constitutivo dos fenômenos que se
apresentam, na tentativa de, compreendendo-os, projetar possibilidades que
visem facilitar ao homem, a apreensão do mundo.
Neste
processo, divididas em várias especialidades, a ciência quer na Astrofísica, na
Biologia, na Química ou em qualquer outra vertente, já conseguiu demonstrar
várias etapas do processo evolutivo do Universo (embora não todos), de tal sorte
que já se tem uma boa ideia do caminho percorrido, desde o Big Bang, até o surgimento
da vida.
No
entanto, pela total impossibilidade dos seus axiomas, limitados à física relativística
e à quântica, alcançarem o momento inicial, anterior ao tempo de Planck, a
ciência é obrigada a reconhecer que não tem respostas para muitas das questões
levantadas neste processo de busca pela verdade. Hoje, todo o conhecimento
humano, mal consegue dar conta de 4% do Universo conhecido.
A
religião, em todas as suas expressões dogmáticas, tal qual a ciência, também
não consegue dar todas as respostas para as questões que são levantadas nesta
busca do conhecimento, limitando-se, ora ao ato da crença, ora ao ato da
negação.
Assim,
a importância da filosofia, enquanto ciência primeira, na busca do saber, da essência
do ser das coisas, que tenta compreender e mensurar a “vontade de potência” (
parafraseando Nietzsche), amparada pela lógica e pelo senso crítico, ressalta
como uma atividade intelectual, não somente de caráter metafísico, imprescindível para tentar construir premissas
válidas, aquelas consideradas necessariamente evidentes e verdadeiras, capazes de justificar o “porque” os fenômenos se apresentam como tais, nos
aproximando do Intelecto maior (agora parafraseando Porfírio), que entendemos ser,
como causa primeira, o motor primeiro de Aristóteles, Deus.
Professor Orosco
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