sábado, 12 de outubro de 2013

DA PAX ROMANA À PAX AMERICANA




Neste dia especial, dia em que me aproximo velozmente do momento onde serei agraciado com o título de idoso, reconhecendo de forma regozijada o esforço de todos os amigos, virtuais ou não, que perderam um pouquinho do seu tempo para me desejar felicidades; que me trouxeram guloseimas ou receitas de novos unguentos para minha futura artrite, como de hábito, coloco-me a refletir e a ponderar, como eterno revolucionário que sou, sobre as questões existenciais, compartilhando meus pensamentos e dúvidas com os colegas.
Coisas de quem está ficando velho.
Como diria o grande poeta, George Santayana, no primeiro volume de sua obra A Vida da Razão:

"Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repetí-lo".

Vamos lá, então:

Desde os tempos do "Ouro das Minas Gerais", derramado para a Corte Portuguesa, acrescido dos 3 milhões de Libras Esterlinas para as Jóias da Coroa, avalizadas pelo Papa, que compraram a outorga de nosso "Lábaro", hoje estrelado; do "Ouro Pelo Bem do Brasil", da Serra Pelada, permutados por "Papel Verde", do acordo de Bretton Woods, que valeu até 74, ano em que perdemos a Copa e muitos brasileiros, hóspedes da "Casa de Petrópolis", época em que a chuva era outra e que, como chuva, "chovia sem parar", temos tido uma atitude relativamente passiva diante dos acontecimentos globais.
Vítimas da ataraxia provocada pela novela das oito, assistimos, nos dias de hoje, embasbacados pela mídia, o desenrolar de mais um capítulo da história da dominação e de opressão mundial, desta feita com Obama ocupando a posição de Cesar.
Recordamos saudosamente da "Coroa de Bananas" de nossa musa Carmem ao mesmo tempo em que reclamamos indignados, acerca dos comentários do Stallone sobre nossa doação de macaquinhos, esperando na entrada do cinema para assistir seu novo filme.
Não nos atentamos para o fato de que, diante do gigantesco endividamento americano, financiado nababescamente pelo sangue e pelo suor do restante do mundo, amparado pelo poder de dividir o á-tomo, que era indivisível até 45, a Pax Americana, como a outrora Pax Romana, traz à tona a questão do "Até Quando Isto Vai Durar ?".
Até quando, nosso governo, que reclama do "buraco da fechadura", mas que deixa a porta aberta, porta onde se vê à soleira o capacho que diz "welcome", tardará a explicar ao povo, o por que de nossas reservas, da nossa pseudo soberania, continuar à mercê das querelas entre republicanos e democratas, diferentes em estilo, mas iguais na essência?
Até quando permitiremos que, além de guardar o nosso ouro, eles continuem a ditar os nossos valores, agindo como tutores do nosso futuro?
Neste dia Doze de Outubro, dia da criança; dia em que comemoro mais um aniversário, esperando ansioso, como criança, a chegada de uma nova neta, sinto o dever de fazer, em sua defesa, e de todas as outras crianças, esta pergunta.

Professor Orosco

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