Em defesa dos Beagles.
Maquiavel (1469/1527) um grande pensador do período renascentista, famoso por seu posicionamento questionador acerca da moral vigente à sua época, em seu livro de maior fama, O Príncipe, que completa 500 anos neste 2013, e que continua atual, já demonstrava a dicotomia existente entre a prática e a teoria do exercício do poder.
"Um Príncipe que seja liberal com o dinheiro do estado, como o dinheiro é sempre finito, para poder continuar a sê-lo, fatalmente precisará elevar os impostos.
Isto fará com que seja tido como ruim por muitos e bom por poucos.
Isto fará com que seja tido como ruim por muitos e bom por poucos.
Um Príncipe avaro com o dinheiro do estado, como não ajuda ninguém, não precisará aumentar a cobrança de impostos, sendo, por isso, considerado liberal e querido por muitos e detestado pelos poucos que esperavam viver às custas do governo."
Na sua obra, fica clara a necessidade de questionar os valores aceitos como "moralmente corretos", entendendo que esta moral é um valor de transição, que muda segundo a época, segundo a região ou segundo os objetivos de cada povo.
A moral pode mudar, os princípios não.
A poligamia ou a poliandria podem ser aceitos em alguns lugares do mundo, que na media continua monógama, mesmo com as "escapadelas" ocasionais, isto é moral.
O respeito e o companheirismo, são princípios que regem as relações.
Neste contexto, a defesa da vida, manifesta em qualquer de suas formas, é um princípio.
Neste contexto, a defesa da vida, manifesta em qualquer de suas formas, é um princípio.
A exploração de uma espécie por outra, está no campo da moral.
A utilização de animais como alimento, é moralmente aceito por uma grande maioria dos humanos, que entendem ser necessária esta prática como fonte renovável de proteínas, embora este número venha decrescendo exponencialmente frente às denúncias de maus tratos provocados pela industrialização e mecanização do processo de abate.
Pessoalmente, chego a classificar de assassinato a morte dos golfinhos, que são pessoas, na verdadeira acepção do termo, praticada pela indústria japonesa.
Classificamos como barbárie, a seleção e classificação dos "pollitos" (pintinhos) para a produção de frangos, processo igualmente cruel à pratica do abate de bezerros para garantir a produção de leite e oferta do "baby beef".
Compreendemos as dificuldades de produção, mas questionamos os métodos.
Na verdade, somos solidários com a produção de alternativas orgânicas e renováveis para resolver este problema, que entendemos ainda deve durar algum tempo.
O que não entendemos, o que não podemos aceitar, no campo dos princípios ou da moral, é que animais, alguns dos quais chamamos de melhores amigos, sejam torturados, sacrificados, privados de uma existência digna, para pesquisas cosméticas, farmacêuticas, espaciais, etc., fundamentadas no lucro de companhias que se recusam a utilizar técnicas e procedimentos alternativos, que já são de domínio público.
Solidarizo-me, portanto, e me coloco claramente do lado dos ativistas que resgataram os beagles em São Roque.
Lastimo, por compromissos assumidos, não poder estar junto com eles, no protesto marcado para hoje.
Professor Orosco
Pessoalmente, chego a classificar de assassinato a morte dos golfinhos, que são pessoas, na verdadeira acepção do termo, praticada pela indústria japonesa.
Classificamos como barbárie, a seleção e classificação dos "pollitos" (pintinhos) para a produção de frangos, processo igualmente cruel à pratica do abate de bezerros para garantir a produção de leite e oferta do "baby beef".
Compreendemos as dificuldades de produção, mas questionamos os métodos.
Na verdade, somos solidários com a produção de alternativas orgânicas e renováveis para resolver este problema, que entendemos ainda deve durar algum tempo.
O que não entendemos, o que não podemos aceitar, no campo dos princípios ou da moral, é que animais, alguns dos quais chamamos de melhores amigos, sejam torturados, sacrificados, privados de uma existência digna, para pesquisas cosméticas, farmacêuticas, espaciais, etc., fundamentadas no lucro de companhias que se recusam a utilizar técnicas e procedimentos alternativos, que já são de domínio público.
Solidarizo-me, portanto, e me coloco claramente do lado dos ativistas que resgataram os beagles em São Roque.
Lastimo, por compromissos assumidos, não poder estar junto com eles, no protesto marcado para hoje.
Professor Orosco
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