Renascimento ou
Renascença foram os termos usados para identificar o período da história que
compreende desde os fins do século XV a meados do século XVI, caracterizado por
profundas transformações em muitas áreas da vida humana, que encerrou a Idade
Média e deu início à Idade Moderna.
Chamou-se
Renascimento em virtude da redescoberta e da revalorização das referências
culturais da antiguidade clássica.
O
florescimento cultural e científico renascentista abriu para o homem o caminho
para o desenvolvimento de uma nova atitude diante da vida, enxergando as
belezas naturais do mundo como coisas a serem desfrutadas.
O
desenvolvimento da filosofia renascentista foi influenciado por uma série de
acontecimentos ocorridos nos séculos XIV e XV, que trouxeram muita
instabilidade política para a Europa, como a transferência da sede pontifícia
para Avignon, por Clemente V, que provocou o “Cisma da Igreja Católica”
(1378/1418), chegando-se a ter, certa vez neste período, 3 pontífices
simultâneos (Bento XIII, Gregório XII e João XXIII);do início de um longo
período de hostilidades entre a Inglaterra e a França, conhecida por “A Guerra
dos Cem Anos”; além da retomada de Bizâncio (Constantinopla) pelos turcos
otomanos, em 1453.
Nesta
situação de desordem, o regresso às origens proposto pelo Renascimento, assume
um significado histórico e humano, segundo o qual o princípio a que se deve
regressar não é Deus, e sim, a origem terrena do homem e do mundo humano.
Esta
nova corrente do pensamento filosófico humano desenvolve-se inicialmente na
região da Toscana, na cidade de Florença, espalhando-se, a partir daí, para o
resto da Europa, o que, para muitos estudiosos a coloca como restrita à Itália,
ou melhor, como um movimento de italianização da Europa.
Neste
período, onde o progresso tecnológico começa a ganhar proporções até então
impensadas, onde as matemáticas se consolidam como instrumentos do saber
humano, destacaram-se grandes nomes, como Nicolau de Cusa (1401/1464), que
defendia a ideia de que o homem não deveria aventurar-se ao conhecimento de
Deus, sem antes ter em conta os seus próprios limites, mas que, todavia, a ideia
de que nesses mesmos limites, ele pode obter um conhecimento de Deus, garantida
pela íntima relação entre ambos.
Leonardo
da Vinci (1452/1519), que considerava a arte e a ciência como um único escopo:
o conhecimento da natureza.
Para
ele, a função da pintura era representar para os sentidos as obras naturais, e
ele buscava nela, a ordem mensurável da natureza.
Michelangelo
di Simoni (1475/1564), pintor e escultor que, junto de Rafael di Sanzio (1483/1520)
são considerados entre os grandes mestres da pintura e da arquitetura da Escola
de Florença.
Nicolau
Copérnico (1473/1543), cientista e matemático que conseguiu demonstrar em sua
obra de astronomia “De Revolutionibus Orbium Celestium Libri”, publicada pouco
após sua morte, o movimento de rotação da Terra em torno de seu próprio eixo; o
movimento de translação da Terra ao redor do Sol e o anual do eixo terrestre
relativamente ao plano da elíptica, originando a teoria heliocêntrica.
Johannes
Kepler (1571/1630) que descreveu o movimento dos cinco planetas (do grego
Planetai, que quer dizer errante) do sistema solar e o movimento elíptico
destes em relação ao Sol, assim como a relação das áreas descritas pelo raio
vetor (entre o planeta e o Sol) que mantém a proporção em função do tempo gasto
para descrevê-las.
Galileu
Galilei (1564/1642) que, como cientista, astrônomo, valendo-se da invenção do
telescópio (Hans Lippershey), conseguiu
comprovar experimentalmente as alegações defendidas por Copérnico.
Galileu
considerava que o livro da natureza é escrito em língua matemática e os seus
caracteres são triângulos, círculos e outras figuras geométricas.
É atribuída
a ele a frase: “A Matemática é o Alfabeto com o qual Deus Escreveu o Universo”.
Professor Orosco
Nenhum comentário:
Postar um comentário