Primeiramente Sócrates e posteriormente Platão, afirmavam que só devemos escrever sobre coisas menores, guardando os "Princípios Primeiros" para a dialética, que permite ao "espírito humano" idealizar o Bem.
Neste ponto, longe de querer equiparar meus parcos conhecimentos aos de tão ilustres filósofos, sou obrigado a externar minha opinião contrária à defesa que faziam da oralidade em seus ensinamentos, defendendo a escrita.
A mensagem escrita, embora não possa se defender de todas as possíveis acusações, conforme eles afirmavam, em minha modesta opinião não deve ser abandonada ou relegada a um segundo plano.
Se realizada com firmeza de propósito, por incompleta que seja, ela servirá como um "luzeiro" para todos os navegantes, desejosos de percorrer o bom caminho.
Através dela, ainda que incompleta, vários caminhos se apresentarão ao andarilho que busca a verdade.
Ela não precisa ser temida, pois poder refutá-la, apontando suas inconsistências, exige, de quem se propõe a isso, um exercício intelectual que, por si, já vale ter sido escrita.
Penso que somente um tolo temerá ser chamado assim, quando registra suas dúvidas, uma vez que a dúvida remete à busca do real.
Mais que um subsídio hipomnemático à memória, necessário quando o tempo nos alcança, o registro escrito dialoga com o futuro, ainda que seja consigo mesmo, construindo a história e apresentando aos novos, os alicerces da nosso pensamento.
Platão acreditava que escrever sobre os "problemas maiores" era inútil, já que a grande maioria das pessoas não compreenderiam do que se tratava.
Acho isto presunção e não concordo.
Professor Orosco
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