O ano de 2016 está chegando ao
fim e, ao que parece, não deixará saudades no quesito governabilidade. O
despudor com que a coisa pública foi tratada nos últimos anos criaram uma das
maiores crises econômicas que nossa jovem nação já viveu e que ainda não mostrou
sinais de arrefecimento. Pior, ao olharmos o ano de 2017, já tão próximo, somos
obrigados a constatar que ele também já está comprometido.
Neste final de ano, das pouco
mais de 6 mil prefeituras brasileiras, acredito que algo como 5 mil delas,
terão sérios problemas para realizar o pagamento do 13º Salário do
funcionalismo público, agravados pelas dificuldades dos governos estaduais que,
também terão seus problemas.
Alguns jornais já estão
noticiando que muitas delas estão sofrendo cortes no fornecimento de energia
elétrica, outras com interrupção de serviços essenciais, como saúde, por falta
de pagamentos a fornecedores, e outras, com problemas na coleta de lixo,
combustível para viaturas policiais, ambulâncias, etc.
Um verdadeiro caos, que vai se
agravar com a chegada de novos prefeitos, muitos deles sendo boicotados desde
já por aqueles que perderam as eleições, desejosos de “ver o circo pegar fogo”,
até como maneira de forçar os novos gestores a tomar ações duras contra a
população enquanto estarão impossibilitados de contratar auditorias
independentes para avaliar os contratos já firmados e checar os desmandos
feitos pelas atuais administrações.
As crises previstas na saúde,
na educação, na segurança pública, nos serviços básicos de limpeza, iluminação,
fornecimento de água e transportes, aliadas a um número sem precedentes de
pessoas desempregadas, formarão, já no início do ano, uma pressão que será
muito difícil suportar, principalmente pelas camadas mais vulneráveis de
população.
Essa é a herança que os
governos populistas e demagógicos da última década nos deixaram, nuvens escuras
e sombrias no céu, e que agora querem esconder, jogando a culpa nos novos
gestores, como forma de fugir da sua culpa.
Oxalá não consigam mais
enganar tanta gente, como fizeram no passado.
Professor Orosco
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