A ORIGEM DA COROA DE LOUROS
Conta a Mitologia Grega que Apolo, o deus do Sol, também
conhecido por Febo, o deus dos arqueiros, da profecia e da música, filho de
Júpiter (Zeus) e Latona, retornando à casa depois de uma aventura em que matara
a gigantesca Píton com uma única e certeira flecha, viu o menino Cupido (Eros,
o deus do amor) brincando com seu arco e flecha.
Enraivecido, achando aquilo uma afronta à sua destreza,
chamou o menino à atenção, dizendo-lhe que arco e flecha não eram para ele, mas
para pessoas mais dignas.
Ofendido com a audácia, o menino deus, pegou duas de suas
flechas, uma do amor e outra do desprezo, e as disparou quase que de imediato.
A flecha do amor atingiu em cheio o coração de Febo e a
do desprezo, uma bela ninfa de nome Dafne, filha do rio-deus Peneu.
Apolo, atingido pela seta, apaixonou-se imediatamente
pela jovem, que fugiu apavorada ao vê-lo.
Ele a perseguiu e, sendo mais rápido, já estava a
alcançá-la quando esta, percebendo que não conseguiria escapar, pediu ajuda ao
pai, solicitando-lhe que a terra a tragasse ou que se lhe mudasse a forma, de
tal sorte que Apolo não a subjugasse.
Imediatamente seus pés fincaram-se no chão, como raízes,
e seus membros enrijeceram-se, sendo toda ela recoberta por uma casca macia.
Seus cabelos tornaram-se folhas, seus braços galhos e o
rosto transformou-se, ficando como uma copa de árvore.
Febo, vendo o que ocorria, abraçou a árvore macia e
beijou a madeira, percebendo que os galhos recuaram de seus lábios.
Admitindo que não mais poderia tomá-la por esposa,
contentou-se em homenageá-la, colhendo algumas de suas folhas com as quais
construiu uma coroa.
Determinou, então, a partir daquele momento, que todos os
guerreiros, os grandes conquistadores, enfim, os vitoriosos, ao marcharem
triunfalmente nas paradas, seriam condecorados e ostentariam a grinalda de
louros.
A ninfa, agora transformada em um loureiro, inclinou a
cabeça expressando sua gratidão.
Professor Orosco.
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